Essa tal disrupção… Ou: 3 tipos de inovação por Clayton Christensen

CONTEXTO:

Inovação Disruptiva e Clayton Christensen

Clayton Chistensen escreveu o Dilema da Inovação em 1997 onde apresentou para o mundo o conceito de inovação disruptiva. Falecido em 2020, foi por vários anos professor da Harvard Business School e escreveu diversos livros sobre o tema e sua aplicação em diferentes contextos além de negócios, como na educação, saúde, economia e na vida pessoal. Christensen foi considerado por revistas especializadas como Forbes e The Economist como um dos mais influentes pensadores do mundo dos negócios. Suas idéias foram amplamente utilizadas por diferentes indústrias e organizações.

Simplificando a Inovação

Simplificando livremente o conceito de inovação apresentado por ele, entendemos que as inovações precisam atender a todos esses 3 critérios:

  • Provocar diferenciação perante as soluções já disponíveis
  • Gerar valor percebido pelo usuário
  • Provar-se mercadologicamente viável

Aqui já fazemos uma básica, mas importante, distinção: Ter idéias não é inovar. É preciso prová-las factíveis no mundo real. Inventar também não é inovar, pois é necessário que o mercado tope pagar pela sua solução. No entanto, sem idéias e invenções, não se inova. Estes são estágios preliminares que alimentam todo o processo de inovação.

Inovação é um processo, não um momento discreto.

Isto mesmo, precisamos desfazer o mito da inovação “eureka”. Aquela que é alcançada em um momento único de inspiração. Inovar é suar. É um processo contínuo de geração, combinação, processamento e seleção de idéias. É um processo sem fim de tirar idéias do papel, prototipar, errar, aprender e melhorar até que o conceito se prove exequível.

É compreender melhor as necessidades do usuário e fazer ajustes a sua oferta. É identificar as lacunas de eficiência da sua solução e capturá-las através de melhorias contínuas. E por fim, eventualmente, modelar novos hábitos de consumo, desenvolver novos mercados, tornando obsoletas uma ou mais soluções existentes no mercado. Este sim, é o campo das inovações disruptivas como preconizado por Christensen.

Quais os diferentes tipos de Inovação?

Agora podemos detalhar um pouco mais do conceito desenvolvido por ele a partir da diferenciação dos 3 tipos de inovação:

  • Incremental – aquela que agrega melhorias pontuais ao produto ou serviço existente, como novas funcionalidades, novos canais, novos formatos. Ex: Stories, Reels e a próxima novidade nas redes sociais; aplicativo de delivery do próprio restaurante; lava-roupas concentrado.
  • Radical – aquela que escolhe caminhos pouco usuais para resolver problemas, que poucos estavam dedicados a resolver e acabam criando novos mercados. Ex: aluguel de imóveis com negociação digital; marketplace de caronas; bancos virtuais (sem agência).
  • Disruptiva – é a que torna as soluções até então disponíveis obsoletas, provoca mudança do comportamento do usuário, como a adoção de novos hábitos de consumo; Ex: streaming de vídeo e músicas por assinatura; veículos elétricos last-mile; telefones inteligentes.

Neste sentido, a “disrupção” é mais um resultado do que a própria inovação em si. Inovações disruptivas normalmente são compostas de uma ou mais inovações radicais, somadas a muitas outras inovações incrementais. Mais uma vez, nada de “eureka”!

DESAFIO: Como habilitar a inovação no meu negócio?

Agora que você entende que inovar é um processo, vamos trazer o assunto para o campo organizacional. Processos são os últimos componentes da cultura organizacional, sua expressão coletiva mais visível. Para instalar processos de criatividade e inovação em seu negócio, existe um caminho a ser percorrido. Mas fique tranquilo que se trata muito mais de esforço individual e coletivo do que o investimento de grandes quantias de dinheiro.

SOLUÇÃO:

A raiz dessa mudança está no indivíduo, que precisa desenvolver habilidades e crenças que lhe permitam destravar e canalizar sua criatividade. Aqui entra o papel da Liderança em empoderar indivíduos e desenvolvê-los através de desafios inseridos no dia-a-dia da organização.

A partir da construção de uma mentalidade criativa e com o devido estímulo nos desafios diários, é possível perceber o início da mudança de comportamento dos indivíduos, que começam a ser mais propositivos, questionadores do status quo, colaborativos e abertos para o novo.

Quando a Liderança é capaz de estimular esse processo de forma coletiva, a cultura organizacional começa a dar os primeiros sinais de mudança e as primeiras iniciativas “inovadoras” começam a surgir. É nessa hora que um departamento pode começar a se destacar perante os demais pelos resultados conquistados através de novos projetos e diferentes maneiras de se trabalhar.

Processos, sim! Mas principalmente mentalidade criativa.

Com toda a experimentação e o aprendizado no nível coletivo é que se torna possível estabelecer novos processos que alimentem e potencializem a capacidade inovadora da organização, de forma sistêmica, com método e indicadores claros de sucesso. Esse é um passo extremamente importante para a consolidação da mentalidade criativa, mas nunca podemos esquecer que seu início está no trabalho individual que precisa ser feito!

COMO FAZEMOS

Na JOT apoiamos a transformação criativa do seu time e sua organização através de experiências de aprendizagem baseadas em desafios reais do negócio. Utilizando ferramentas de Design Thinking, estimulamos a solução de problemas de forma criativa e coletiva. Com a metodologia de Design Sprint, apoiamos o grupo a conceber, desenvolver e executar soluções inovadoras que geram valor ao usuário e ao negócio de forma tangível. Conheça nossos cases e compartilhe seu desafio conosco!

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