Escutar é uma das principais habilidades que pessoas e organizações precisam desenvolver para potencializar sua capacidade de inovação.
Escutar o usuário e os stakeholders.
Escutar os pares e subordinados.
Escutar o mercado e seus concorrentes.
Escutar os dados…
Escutar…
Mas não do jeito que fomos acostumados!
Boa parte de nós escuta, mas com os ouvidos fechados, fechados em suas verdades. No fundo, não queremos saber o que o outro fala, porque já temos as nossas respostas!
Existe também a escuta em que enquanto o outro fala, em vez de ouvir, estamos na verdade preparando nossos contra-argumentos, como numa disputa pra ver quem tem razão.
Nenhum desses tipos de escuta ajuda a criatividade nem a inovação, simplesmente por que ela não está aberta às novas ideias, às diferentes perspectivas, ao que é novo para nós.
A escuta começa a fazer a diferença quando existe empatia, abertura ao que o outro lado fala, pensa e sente. Pois ela nos coloca em novos lugares que ampliam nossa perspectiva permitindo uma nova gama de repertório para enfrentar os desafios atuais.
Escutar pode ser ainda mais poderoso!
Quando além da empatia, conseguimos silenciar nosso interior, abrimos espaço para que o novo emerja a partir de um campo ampliado entre nós e nosso interlocutor. Esse campo pode se mostrar extremamente fértil para iniciativas que realmente são inovadoras, pois possuem uma origem poderosa e única que é nossa essência! A essência de nosso indivíduo e a essência do nosso propósito.
Então, bem mais que desenvolver soluções atraentes para clientes ou para o mercado, estamos criando soluções que nutrem! Nutrem o indivíduo por serem um manifesto de sua essência. Nutrem o outro, pois sua construção é compartilhada desde a origem. E nutrem o mundo, pois a nossa essência é, apesar de todos os males do mundo, boa!
E como desenvolver essa habilidade tão crítica?
Certamente não é trivial, mas é extremamente acessível, pois estamos expostos às oportunidades de escuta quase que ininterruptamente em nossas relações. Então a masterização dessa habilidade parte da observação sobre qual tipo de escuta estamos exercendo e então buscar esticar a corda para o próximo nivel.
1 > 2: De um ouvido fechado, para um aberto a novos fatos e dados.
2 > 3: De uma escuta argumentativa, para uma empática.
3 > 4: E de uma escuta genuína para uma escuta do campo, externo e interno.
Está visão é embasada nos 4 diferentes tipos de escuta apresentados por Otto Scharmer, professor do MIT em sua Teoria U.
Uma metodologia de inovação social que se propõe a mover o ponteiro dos problemas sistêmicos e estruturais de nossa sociedade a partir de um futuro que quer emergir, de dentro de nós e a partir de nosso coletivo.
Se você deseja ajuda para desenvolver a sua escuta, do seu grupo ou da sua organização podemos atuar com mentorias e workshops práticos.
Se quer saber mais sobre a Teoria U e como ela pode ser utilizada para inovar na solução dos desafios atuais, podemos conversar e traçar uma estratégia de ação em conjunto.
De qualquer forma, siga escutando mais e melhor. E sempre que possível, silencie para escutar o que quer e precisa emergir!